Para os fiéis atuais, a maioria das prescrições rituais do
culto mosaico apresentam apenas um interesse documentário.
Com efeito, os descendentes de Levi foram colocados à frente
do culto em Israel: recrutavam-se entre eles os sacerdotes e os servidores do
templo. O Levítico é um manual
redigido para eles, de acordo com os usos já muito antigos. Esse manual passou
por muitas transformações e recebeu adições depois da construção do tempo de
Salomão (sec. X a.C).
Os antigos hebreus conheciam quatro espécies de sacrifício:
os holocaustos, nos quais a vítima
oferecida era totalmente consumida pelo povo; as oblações ou ofertas de frutos, da farinha e de outros produtos
agrícolas e da criação que acompanhavam o holocausto cotidiano; o sacrifício pacífico ou de ação de
graças; e os sacrifícios de expiação, destinados
a reparar os pecados e as faltas involuntárias contra as leis cerimoniais.
A importância das prescrições concernentes aos sacerdotes
explica-se pelo fato de as funções sacerdotais ocuparem na vida dos hebreus um
lugar da mais relevante importância.
Essas funções foram confiadas exclusivamente aos membros de ma única
tribo, a de Levi (daí o nome de levitas).
Ainda no tempo de Jesus Cristo existia essa atribuição, embora menos exclusiva.
As muitas prescrições concernentes ao estado de “pureza
legal” cercava tudo aquilo que, na vida particular, poderia ser encarado em uma
relação particular com Deus ou com o seu culto.
Há no Levítico um
esboço de código civil e de leis que testemunham certo aperfeiçoamento moral no
povo eleito.
A lei de talião “olho por olho e dente por dente” (Lev
24,17-20 e Ex 21,24), abolida por Jesus Cristo (Mt 5,38-42) constitui a seu
modo um verdadeiro progresso, se considerarmos os costumes existentes então,
segundo os quais costumavam, habitualmente vingar sete vezes as injúrias e as
injustiças recebidas.
(Fonte: Introdução à
Bíblia Sagrada – Ed. Ave Maria)
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