quarta-feira, 3 de julho de 2013

Levítico



Para os fiéis atuais, a maioria das prescrições rituais do culto mosaico apresentam apenas um interesse documentário.

Com efeito, os descendentes de Levi foram colocados à frente do culto em Israel: recrutavam-se entre eles os sacerdotes e os servidores do templo. O Levítico é um manual redigido para eles, de acordo com os usos já muito antigos. Esse manual passou por muitas transformações e recebeu adições depois da construção do tempo de Salomão (sec. X a.C).

Os antigos hebreus conheciam quatro espécies de sacrifício: os holocaustos, nos quais a vítima oferecida era totalmente consumida pelo povo; as oblações ou ofertas de frutos, da farinha e de outros produtos agrícolas e da criação que acompanhavam o holocausto cotidiano; o sacrifício pacífico ou de ação de graças; e os sacrifícios de expiação, destinados a reparar os pecados e as faltas involuntárias contra as leis cerimoniais.

A importância das prescrições concernentes aos sacerdotes explica-se pelo fato de as funções sacerdotais ocuparem na vida dos hebreus um lugar da mais relevante importância.  Essas funções foram confiadas exclusivamente aos membros de ma única tribo, a de Levi (daí o nome de levitas). Ainda no tempo de Jesus Cristo existia essa atribuição, embora menos exclusiva.

As muitas prescrições concernentes ao estado de “pureza legal” cercava tudo aquilo que, na vida particular, poderia ser encarado em uma relação particular com Deus ou com o seu culto.

Há no Levítico um esboço de código civil e de leis que testemunham certo aperfeiçoamento moral no povo eleito. 

A lei de talião “olho por olho e dente por dente” (Lev 24,17-20 e Ex 21,24), abolida por Jesus Cristo (Mt 5,38-42) constitui a seu modo um verdadeiro progresso, se considerarmos os costumes existentes então, segundo os quais costumavam, habitualmente vingar sete vezes as injúrias e as injustiças recebidas.

(Fonte: Introdução à Bíblia Sagrada – Ed. Ave Maria) 

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